Introdução
Quando se trata de produtos digitais, há uma série de riscos que precisam ser bem avaliados. Por isso, a área de produto de uma empresa é responsável por desenvolver produtos com atenção especial a esses riscos. Vários estudos já foram feitos sobre isso, incluindo o livro de uma enorme referência em Product Management, Marty Cagan, “Inspired”. Em português, Inspirado.
Assim, a partir do trabalho do autor, podemos nos fazer as seguintes quatro perguntas para analisar esses fatores na concepção de soluções:
Os 4 grandes riscos de produtos digitais
1. Existe valor no meu produto para os clientes?
Risco de valor
Um grande ponto a ser observado na hora de conceber produtos é a necessidade dele dentro do mercado. Será que o público-alvo realmente precisa, quer e usará o produto? A pesquisa da CBINSIGHTS “Top Reasons Startups Fail” mostra que 35% das startups entram em falência por ausência de necessidade do produto. Por isso, é crucial entender se há real demanda no mercado para a solução que queremos conceber.
Entender se existe Product Market-Fit — ou seja, necessidade real no mercado — é um ponto chave para conceber produtos digitais de sucesso. Uma forma de medir isso é utilizando o framework da Pirâmide do Product Market Fit, trazido por Dan Olsen. Afinal, a satisfação, a necessidade dos clientes e a proposta de valor do produto estão diretamente relacionadas, desde a construção até os resultados.

Portanto, para analisar isso, é preciso fazer pesquisas quantitativas — como testes A/B — e qualitativas de mercado, entendendo a concorrência, o público e a dor que será solucionada.
2. Os clientes vão conseguir e querer usar o produto?
Risco de usabilidade
Produtos confusos trazem uma má experiência ao usuário e estão fadados ao fracasso. Com toda a certeza, os usuários querem um produto simples, útil, prático e eficiente. Bons UX e UI têm o poder de tornar uma grande ideia em um produto incrível, de fácil uso e de interface atrativa. Por isso, é importante realizar testes com o protótipo ou MVP para validar a sua usabilidade e coletar dados. Com toda a certeza, aprendizados e mudanças precisam de dados como base para serem assertivos.
Além disso, esses aprendizados e resultados podem ser o que falta para o sucesso da sua solução. Heurísticas, que são processos cognitivos não-racionais de decisões que nossa mente toma rapidamente, são bons exemplos de pontos de atenção.
3. O meu time consegue fazer o produto?
Risco de plausibilidade
Acima de tudo, é preciso saber se o seu time é capaz de construir o produto em questão. Assim, esse ponto se liga à capacidade produtiva e técnica para conseguir conceber a solução. Também se liga ao time, ao tempo e à estrutura disponíveis para isso. Esse é um dos pontos mais cruciais na construção de um produto, pois precisamos das pessoas ideais, as pessoas capazes para colocar a mão na massa.
Alguns exemplos de perguntas que devem ser respondidas para que uma boa análise desse risco possa acontecer são:
- Esse produto é escalável?
- Em quanto tempo conseguimos construir a solução?
- Quanto tempo temos para fazer isso?
- Temos as habilidades e os recursos técnicos necessários?
Além disso, uma estratégia prática para mitigar esse risco é ter pessoas desenvolvedoras acompanhando o processo de Discovery. Assim, será mais fácil saber se é possível desenvolver a solução ou não para o desenvolvimento.
4. O meu produto é adequado para o meu negócio?
Risco de negócio
Além de todos os outros pontos já citados, é preciso entender se o produto se adequa ao seu modelo de negócio. Uma visão holística sobre o negócio e o produto é crucial para analisar se a solução funciona na sua estratégia, posicionamento e canais de venda e Go-to-market, por exemplo. E, sem dúvidas, analisar se a solução trará lucro é também um passo essencial para lançar qualquer produto.
Ademais, é crucial se atentar à visão e o impacto ligado aos seus stakeholders antes de lançar qualquer produto ou serviço. Será que a solução que queremos lançar entra em atrito com algum stakeholder? Qual a opinião deles sobre esse produto?
Conclusão
De fato, é impossível conceber bons produtos digitais sem analisar vários fatores, como riscos, orçamento, performance, Market Fit e stakeholders. Em suma, essas análises precisam ser cautelosas, quantitativas e qualitativas para trazer um entendimento mais completo e profundo da solução. Afinal, para entregar ótimos resultados, é preciso analisar e resolver problemas antes de chegar ao objetivo final.
Aliás, se você gostou do conteúdo do blog, não deixe de conferir outros dos posts do nosso blog, como os posts Como Criar Produtos Que Fazem A Diferença Para O Cliente? e Criar produtos de sucesso: os 4 passos para a epifania!
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