Design Metamórfico: Customização e Tendência

Diante de um estudo levantado pelo site TrendWatching, de pesquisa de tendências, a exigência na hora da compra está cada vez mais elevada.

Segundo o TrendWatcing, o Design Metamórfico está entre as 5 tendências de 2020 em que as empresa devem apostar para alcançar uma sociedade que busca um mercado que atenda às suas necessidades e mudanças.

Então, nós como empresários juniores, projetamos em busca da constante inovação. Para isso, é necessário entendermos o que o público consumidor almeja nos dias atuais, e como construir de acordo com esses comportamentos.

Nesse post, produzido em parceria com a Inventório, EJ de Design de Santa Catarina, nós mostramos como o design e a tecnologia podem ser grandes aliados na construção de produtos e serviços mais adaptáveis.

Afinal, o que é Design metamórfico?

Quando nos referimos ao Design Metamórfico, estamos propondo um conceito sobre produtos e serviços que cada vez mais seguem as exigências do consumidor. Esse termo é reflexo de uma sociedade que busca por inovações em um curto espaço de tempo.

No cenário atual, a adaptação deve ser constante para agradar àqueles que crescentemente prezam por personalização e expressão da própria identidade, ainda mais quando conectados ao meio digital. 

Estamos aqui, então, mencionando uma geração que necessita que seu aplicativo, seu jogo ou até loja de roupa seja capaz de suprir todas as suas vontades, com um design que seja metamórfico ao ponto de possibilitar ao indivíduo experiências inovadoras e adaptáveis ao seu gosto, que muda constantemente.

Mas como eu sei que um produto está dentro do conceito?

Para materializarmos esse conceito, podemos propor como exemplos os serviços de streaming, como Spotify e Netflix. Esses serviços de assinatura trabalham exclusivamente online, e desenvolvem algoritmos cada vez mais precisos para aperfeiçoar a personalização de seus aplicativos.

Cada aplicativo, independentemente do conteúdo que ofereça, cria um serviço customizado para seus clientes, estudando cada perfil e criando uma seleção de conteúdo o mais compatível possível com os seus gostos.

Como podemos construir mais produtos assim? 

A construção desses produtos no mercado depende de grandes esforços do design e da tecnologia para, assim, torná-los suficientemente atrativos e qualificados para permanecerem em fluxo diante da demanda.

Inicialmente, quando nomeamos o design como um dos principais meios para desenvolver as devidas utilidades, devemos entender as suas características e impactos. 

E o que é o Design?

É difícil achar um único significado para Design. Se procurarmos, vamos achar vários. 

Segundo o dicionário, “design é conceber um projeto e seu planejamento”; ou ainda a “planificação de algo a ser criado; plano, projeto.”. Conceitos bem simples, não é?

E o que podemos extrair dessas interpretações é que o design é responsável pelo planejamento e pela concepção de um projeto. E, por ser um verbo que vem do inglês, to design, isso nos mostra como o termo se tornou sinônimo de trabalho criativo e técnico.

Para a World Design Organization (WDO), o Design é um processo estratégico que melhora a qualidade de vida das pessoas por meio de produtos, sistemas e, principalmente, experiências inovadoras.

“O Design é a ponte entre o que já existe e o que é possível imaginar e fazer.”

– Neil Patel

Por isso, é um conceito tão complexo que passa pela arte, negócios, cultura, estética, comportamento e tecnologia.

Como usar o Design na criação de produtos adaptáveis?

Uma das abordagens (e, sim, é uma abordagem e não uma metodologia, pois não existe uma fórmula prontinha!) mais utilizadas dentro do Design é a do design thinking.  Ela é utilizada para oferecer produtos e serviços de acordo com a real necessidade dos clientes.

E como isso é possível? O design thinking é centrado no humano. Ele estimula profissionais e empresas a focarem a sua criação no seu público: as pessoas são colocadas no centro de desenvolvimento do produto – não somente o consumidor final, mas todos os envolvidos na ideia, o que acaba levando a melhores serviços e processos internos.

Ele utiliza elementos relacionados às habilidades do designer, como empatia máxima com seus clientes e experimentação, para chegar em soluções inovadoras de forma  colaborativa.

Outra forma é utilizando o Mapa de Empatia, uma ferramenta do Design Thinking. Esse mapa nos leva a pensar sobre os usuários que queremos servir, e não sobre o produto que queremos construir. 

É realmente se colocar no lugar do consumidor, fazer uma imersão no seu cotidiano a fim de compreender os impactos emocionais, dores e etapas de suas decisões, além de suas necessidades, desejos, sonhos, frustrações e percepções sobre um produto ou serviço.

Preencher corretamente um mapa de empatia nos permite visualizar claramente os pontos mais valorizados pelos usuários e, principalmente, a oportunidades de construir soluções assertivas e personalizadas.

O Design Metamórfico é um conceito tão novo assim?

Não, muito pelo contrário! A ideia de produzir produtos e serviços que se adaptem e se modifiquem as expectativas e necessidades dos consumidores é algo que vemos crescer desde a década de 1970. A única diferença é que não existia ainda uma nomenclatura para esse tipo de design.

Querem um exemplo? A Apple, fundada em 1976, já encontrava no conceito de design metamórfico um diferencial único. A empresa apostou no design simples, elegante e principalmente centrado na necessidade do usuário, que tornou a experiência de seus produtos incomparável.

Empresas Juniores executam projetos para concepção deste conceito?

Sim, no caso do CITi, basicamente todos os nossos projetos são executados com foco nas dores e necessidades e principalmente na realidade dos nossos clientes. É algo que nos orgulhamos, e que é um dos nossos valores como organização. E o que é esse foco no cliente que tanto nos preocupamos em nossos projetos, é exatamente o Design Metamórfico em ação.

Um case que trazemos para exemplificar o Design Metamórfico dentro do CITi é o de Terapia Interativa. Terapia Interativa é uma plataforma de que tem o objetivo de facilitar o processo de terapia online.

Case Terapia Interativa

Duas clientes chegaram até nós, com uma dor, elas tinham o desejo de promover terapia e tratamentos psicológicos, de modo on-line, para um público específico. O foco delas era o público infantil. E o que elas nos pediram, é que não fosse em alguma plataforma já existente, como o Google Meeting, ou o Zoom, para poder realizar essas atividades, porque a preocupação é que os encontros ficassem muito engessados e os psicólogos não conseguissem atuar. 

Dentro disso, o maior pedido delas era que fosse uma plataforma lúdica, que conseguisse transmitir a mesma experiência do presencial para o on-line, e que ao mesmo tempo, o psicólogo conseguisse identificar as dores e pensamentos dos pacientes.

Ouvindo todas as dores e necessidades das clientes, o CITi fez todo um processo de descoberta, e ele foi muito de pesquisa, sobre concorrentes já existentes, que fizessem atendimentos parecidos com o  que elas estavam propondo. E a partir disso, nossa equipe de começou a idear features para o sistema, essa parte foi dividida em cinco versões, adaptando também para a realidade das clientes, o MVP final. 

A plataforma conta com o atendimento on-line, realização de atividades lúdicas, em tempo real com os pacientes, escolha por parte dos pacientes de que jogos serão utilizados durante a sessão e um espaço para os psicólogos, onde os mesmos podem organizar seus atendimentos, armazenar seus recursos terapêuticos, ter o seu perfil visualizado pelos visitantes da página e futuros pacientes, com toda a segurança e praticidade disponíveis.

Importante

Um ponto importante é que o Design Metamórfico não é algo exclusivo da área do design, mas de diversas áreas. É um conceito que toda organização que preza e centra seus produtos e serviços no Customer Experience, pode e deve fazer uso. 

Como podemos ver, produzir soluções não se trata apenas de encantar com o visual do produto, mas de pensar em todo o processo de utilização e chegar à experiência mais adaptável e que agrade o consumidor final. Para isso, os profissionais devem transformar ideias em produtos que de fato solucionam problemas, que se adaptem às realidades e que sejam desenhados e executados nos mínimos detalhes.

“Não é trabalho do consumidor saber o que ele precisa”, mas é tarefa das empresas anteciparem suas necessidades.” (Steve Jobs)



Ficou curioso sobre esse tema? Quer saber mais sobre Tecnologia e Inovação e sobre Design? Então acesse os blogsposts do CITI e o blog da Inventório. Leia também: Dica de Empatia: Mapa de Empatia ou ainda, Design: Um Pouco de História e Significado. Achamos que são temas que você também pode gostar!







Autora

Rafaela Bauer

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